Intocáveis - filme

Antes de comprar meu bilhete para assistir "Intocáveis", neste feriado, não tinha certeza se estava preparada para uma história densa e por motivos aparentemente óbvios de trama, triste. Talvez, não no feriado; feriados pedem leveza, e eu já tinha chorado o que chegasse na terapia horas antes. 

Embora o gênero classifique o filme como comédia, meu lado desconfiado junto ao politicamente correto não conseguia vislumbrar a mais remota possibilidade de dar boas e francas risadas assistindo a história de um milionário que fica tetraplégico e está em busca de alguém para cuidá-lo. “– Comédia? Ah, mentira! Esses caras vão me fazer levantar as esquinas dos lábios vez que outra com qualquer piada, para depois me fazer chorar rios que eu tô sabendo...” – pensava. Ainda mais sendo baseada em fatos reais. "A vida nessas circunstâncias é só crueldade" - seguia com meus botões.

Fui completamente vencida, ou melhor, me rendi em absoluto! Eu que sempre gostei de cinema francês, sai da sessão, mais uma vez, completamente encantada. Muita gente me confessou não ter ido assistir pra não se debulhar em prantos. E o que nos é oferecido é exatamente o contrário. O entrosamento e atuações são absolutas, a provocação e a linha tênue entre o bom senso e as piadas que poderiam ser ofensivas, a própria história - dramática - é salva pelo pelo humor inteligente. A película não podia ser mais bonita. Volto às atuações, um bravo! para François Cluzet e Omar Sy.

E eu que sempre acreditei que o que nos salva do mundo e quiçá, de nós mesmos, é o bom humor. Sim, é possível tocar em frente com mais leveza. Não poderia ter ido embora mais satisfeita.

Saiba mais em: http://www.imdb.com/title/tt1675434/